A
SALEXPOR – Companhia Portuguesa de Sal Higienizado,
S.A., foi constituída em 10 de Julho de 1970, sob
a forma de sociedade por quotas. Presidiu à sua constituição
o objectivo de dotar um grupo de produtores de sal marinho,
já com algumas explorações e outros
projectos em comum (sociedades COMPASAL, SINEXPRAL e AGROSUL),
de uma unidade transformadora que reforçasse a capacidade
de escoamento e que concorresse para a valorização
da matéria-prima obtida nas marinhas solares. Em resultado
da vigência da Lei do Condicionamento Industrial, aqueles
produtores, para realizar o seu projecto tiveram de associar-se
através da Sinexpral à Sociedade Aveirense
de Higienização de Sal, Lda., que deteve uma
participação inicial maioritária no
capital da SALEXPOR. Em 1977, os mesmos produtores adquiriram
esta participação e assumiram o controlo total
da empresa.
Entre
1971, ano em que iniciou a sua actividade, e 1982 a SALEXPOR
dispôs de uma capacidade de produção
(higienização e refinação de
sal marinho) de 4,5 tons/hora.
Em
fins de 1980 foi iniciado um ambicioso projecto de instalação
de uma unidade totalmente nova, de concepção
própria, apontando para uma capacidade de produção
de 15 tons/hora. Em 1982 entrou em funcionamento este novo
sector fabril com uma capacidade real instalada de 12 tons/hora.
Em consequência da entrada em funcionamento do novo
equipamento de produção, a SALEXPOR tornou-se
a empresa de transformação de sal de maior
dimensão em Portugal.
Entretanto, em 1987, adquiriu participações
maioritárias nas empresas produtoras de sal marinho
SINEXPRAL – Sociedade Industrial de Exportação
das Prainhas, Lda. e COMPASAL – Companhia Salineira
do Algarve, Lda. Em conjunto com estas e com a AGROSUL – Exploração
Agrícola do Sul, Lda. a que um dos accionistas maioritários
está ligado, forma o que tem sido reconhecido pelas
entidades públicas como o maior grupo português
do sector. Este grupo de empresas é responsável
pela exploração de cerca de 900 hectares de
salinas, todas localizadas no salgado algarvio, entre Ludo
(Loulé) e Castro Marim,
o que se traduz numa produção anual
de cerca de 85.000 tons de sal marinho “tal e qual” e
que corresponde a cerca de 57% da produção
portuguesa.
Em termos de Know-how e capacidade de construção,
para além da SALEXPOR ter projectado e construído
a unidade inaugurada em 1982, que é apontada como
modelo por um dos mais importantes produtores europeus de
equipamento para o sector, através de meios disponíveis
nas associadas COMPASAL e SINEXPRAL, tem projectado e realizado
a instalação de novas salinas (próprias)
e a reestruturação de outras.
Complementarmente à renovação e expansão
da estrutura produtiva, a SALEXPOR procedeu ao redimensionamento
da estrutura de distribuição, dispondo de centros
no Montijo, Coimbra e Porto.
Tendo presente a dimensão do mercado português
e dando sequência a alguns princípios em que
se baseou a projecção da citada ampliação
fabril, a SALEXPOR iniciou em 1984 contactos com mercados
externos (Europa e África), tendo, desde então,
orientado a sua intervenção para a Nigéria,
mercado onde vem colocando, posteriormente a 1987, quantidades
de sal refinado embalado em sacos de algodão revestidos
a polietileno que oscilam entre 20.000 e 30.000 tons/ano.
Em
1988 fez candidatar aos benefícios previstos no
Sistema de Incentivos de Base Regional um projecto de investimento
relativo à melhoria da qualidade e fabrico de novos
produtos, melhoria da apresentação dos seus
produtos e instalação de equipamento para reforço
da estrutura de distribuição, cuja execução
se iniciou em 1989 e para o qual foi autorizado um apoio
financeiro de 127.000 contos.
No final de 1986, tirando partido da rede de distribuição
que implementou ao longo de todo o país, com base
nos Centros Regionais de Vendas e Distribuição,
a empresa iniciou a distribuição de “Detergentes” e
de “Derivados de Tomate” e em 1987 a distribuição
de arroz da marca CIGALA, uma das mais reputadas da Europa.
O
processo de diversificação continuou até ao
momento actual, tendo sido alargado o GRUPO SALEXPOR com
a constituição em 1987, da TORRE D`AIRES – Empreendimentos
Turísticos, Lda., com a aquisição, em
1992 da EMPRESA FABRIL DE MOURA, Lda. e da TORRAZ – Sociedade
Comercial e Industrial de Azeites do Torrão, Lda,
e, em 1994 da MINHO EXPORTADOR – Águas Minero
Medicinais de Grichões, S.A.. Com a aquisição
destas empresas a SALEXPOR inicia a comercialização
das suas produções, nomeadamente “AZEITE”, “ÓLEO
ALIMENTAR” e “ÁGUA MINERAL NATURAL”.
Na
EMPRESA FABRIL DE MOURA, LDA foi realizado, entre 1992 e
a actualidade, um plano de investimentos
que implicou a
triplicação da capacidade de produção
de azeite, a instalação de uma nova refinaria
e de uma extracção para a produção
de óleos de semente de girassol e de outras matérias-primas,
a reinstalação de diversos sectores e a construção
de uma área de 1340 m2 para modernização
e ampliação da secção de embalamento.
Posteriormente à aquisição da sociedade
MINHO EXPORTADOR, cuja denominação social foi
entretanto alterada para ALTO MINHO – Águas
Minero Medicinais de Grichões, Lda., foi concluído
o projecto de investimento que estava em curso e introduzidas
algumas correcções e ajustamentos da estrutura
produtiva. |